terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Carreta da Saúde percorre o Piauí, desde maio deste ano, levando diagnóstico, tratamento e, acima de tudo, conscientização sobre a hanseníase. Atendeu 7.476 em 24 municípios e detectou 235 casos da doença. Estes dados foram apresentados na manhã da segunda-feira (22), durante o Seminário de Avaliação da Carreta da Saúde, na Escola Fazendária.

A Carreta é um projeto firmado com as parcerias do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Laboratório Novartis, Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e prefeituras municipais.

Os municípios participantes apresentaram dados e expuseram opiniões e suas dificuldades em relação às ações da Atenção Básica no que diz respeito à hanseníase. A Carreta da Saúde tem como objetivo auxiliar na erradicação da doença no país através da conscientização. Segundo Artur Custódio, coordenador nacional do Morhan, esse projeto não vem para substituir ações da saúde pública, mas informar e engajar as pessoas. “Nosso trabalho aqui é levar impacto, informação e conscientização, acima de tudo, principalmente aos profissionais de saúde da Atenção Básica, para que estejam atentos e ofereçam o melhor atendimento às pessoas que descobrem a doença,” explicou.

Como funciona o projeto

A Carreta da Saúde permanece até três dias em cada município, atendendo a todas as pessoas que os procuram. São cinco consultórios médicos e um laboratório que oferecem diagnóstico preciso sobre a doença. Se estiver com hanseníase, o paciente já sai com o tratamento garantido e as orientações necessárias. O atendimento é feito pelos profissionais de saúde do próprio município que recebe a Carreta. Ao final do dia é feita uma apresentação cultural, que também é uma estratégia de levar informação.

Resultados

Municípios como Teresina, Esperantina e São João do Piauí receberam a Carreta que percorre o Piauí desde maio deste ano e onde o Projeto identificou o maior número de casos no Estado. Os números são 59, 42 e 37 casos respectivamente, em três dias. “Esses casos não demonstram que mais pessoas estão sendo contaminadas com a hanseníase, e sim que mais casos estão sendo descobertos e encaminhados para o tratamento,” disse a coordenadora estadual do Morhan, Lucimar Batista. “A doença precisa ser detectada cedo para evitar prejuízos físicos, transmissão e preconceito, que é a maior barreira para a cura da hanseníase”, reforçou.

Por Samira Ramalho/Sesapi

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